Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > DIÁRIO DO MARAJÓ: TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS, RESISTÊNCIAS E DESAFIOS - DIA 2
Início do conteúdo da página
Últimas notícias

DIÁRIO DO MARAJÓ: TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS, RESISTÊNCIAS E DESAFIOS - DIA 2

  • Publicado: Sexta, 19 de Maio de 2023, 13h53
  • Última atualização em Sexta, 19 de Maio de 2023, 14h07

Este diário tem como objetivo descrever um relato das atividades desenvolvidas no âmbito da viagem de campo dos percursos 2 e 3 do Curso de Bacharelado em Desenvolvimento Rural da FACDES. As imersões serão conduzidas nos territórios quilombolas de Pau Furado, Deus Ajude, Providência e Mangueiras.

Segundo dia (18 de maio de 2023):

Visita à comunidade quilombola de Providência

Na comunidade quilombola de Providência os discentes e docentes tiveram uma reunião de apresentação com a diretoria da Associação Remanescente de Quilombos de Providência; e informaram sobre os objetivos da visita. A diretoria da Associação assumiu a gestão recentemente e está em fase de organizar uma agenda de trabalho diante dos desafios atuais.

Foto 1: Diretoria da ARQP

Autor: Christian Silva

Foto 2: Reunião discente/docentes/ARQP

Autora: Amanda Lanna

 

A roça

Após as apresentações e socialização dos objetivos, a equipe do Ineaf/Facdes, acompanhada de moradores e lideranças do quilombo, visitaram uma roça local para conhecer os cultivos, práticas e conhecimentos tradicionais. As agricultoras e agricultores explicaram as etapas de implantação da roça, conforme abaixo:

Escolha da área – a área deve ter um tempo mínimo entre 5 e 6 anos de pousio. Essa idade da capoeira tem a finalidade de garantir que a área forneça madeira suficiente para cercar a roça, uma vez que os animais são criados soltos em áreas coletivas. Com efeito, os cultivos necessitam estar protegidos dos animais.

Derrubada – a derruba é feita por meio de mutirão ou ajitório. A família que vai fazer a roça convida pessoas da comunidade e de comunidades vizinhas e fornece a alimentação e bebidas para todos. A bebida pode ser o macaco ou a tiborna. Essas duas bebidas são feitas a partir da mandioca e macaxeira.

Queima – após alguns dias da derrubada é feito um ajitório para a queima da vegetação derrubada.

Separação da madeira para construção da cerca – a separação das madeiras para construção da cerca também é feita por meio de um ajitório. As madeiras separadas vão sendo amontoadas em linhas onde a cerca será construída.

Construção da cerca – dias após a separação das madeiras, o grupo se reúne novamente para a construção da cerca.

Plantio – após construção da cerca a família convida um novo ajitório para realizar o plantio da roça diversificada (6 variedades de mandioca, duas variedades de macaxeira, maxixe, abóbora, melancia).

 

Foto 3: aspecto geral da roça

Autora: Jéssica Gouvea

Foto 4: grupo visitando roça

Autor: Fernandes

Foto 5: aspecto geral da cerca

 

Autora: Ana Flávia Silva

 

Texto: Amanda Lanna, Gardênia Pantoja, William Santos de Assis, Flávio Bezerra Barros

registrado em:
Fim do conteúdo da página